As ovelhas são jamais verdadeiramente brancas,
há demasiada impureza sobrevoando as janelas
lá fora ou aqui dentro são o mesmo escuro.
Imutável, indizível, invivível é este dia
que já nem as angústias atravessam.
Se pudesse a casa descansar por um instante
ou uma luz me sentisse, e eu a ela.
há demasiada impureza sobrevoando as janelas
lá fora ou aqui dentro são o mesmo escuro.
Imutável, indizível, invivível é este dia
que já nem as angústias atravessam.
Se pudesse a casa descansar por um instante
ou uma luz me sentisse, e eu a ela.
Prazeres escritos, lidos, e semi-escondidos. É bom ver a vossa escrita assim, fluida. C
omo disse uma senhora de preto, sentada ao pé de uma praia invernosa, para a outra que a ouvia, e não esperava a sua vontade de falar, "cada vez temos menos tempo para não pensar". Fora com os formatos! Embora os A5 dêem feito de vez em quando, porque quase cabem na palma de uma mão.
Desde que tenham capa dura, os cadernos que cabem na palma de uma mão são os melhores. Mas prefiro, apesar de tudo, o écrãn branco do computador. Assim, não me envergonho com a caligrafia redonda, sem estilo, nem classe.
E concordo. Estes prazeres escritos têm um sabor único. Só não sei que tempo foi esse em que não se pensava. Só sei de um tempo em que as mulheres vestiam de escuro.
Controlo a voz, o sorriso, o enlace,
económico, frio, sem sabor.
Doseio a alma, empurro a chama,
para dentro,
para o fundo.
Desapareço.
Coitadas das ovelhas! Que associação pesada a um animal tão simpático.
Luis v. e marquesa
Obrigado pelos simpáticos elogios.
Sofia,
Não se deixe contaminar pelo tom dos meus poemas. Então, então? :)
estrela,
Já fui perseguido por uma ovelha. Não são uns bichos tão simpáticos como se pensa...
Os tons são múltiplos, como as ovelhas e os poemas.
Olá João!
Perseguido por uma ovelha... ao que este mundo chegou...
Goza, goza. Ela corria que se fartava e pesava bem uns 200 Kgs. Gostava de te ver a ficar parado no mesmo sítio, armado em forcado perante uma ovelha furiosa...
Eu já fui posto em sentido por um bode cioso dumas quantas cabras. :|
Hmmmm...sem comentários ;)
A contenção, a economia nas palavras escolhidas, em constraste com a imagética que a elas se associa, colocam a tua poesia num local ímpar. Reconheceria os teus poemas no meio de centenas de outros, de outros autores.
Bjs.
Oh, Maria! Que elogio imenso! Que Deus dê muitos filhos aos teus bons sentimentos :)
O teu excesso de modéstia não te deixa levares-me a sério. Bem que podias! É tudo verdade.
Bjs.