21.2.06

O mundo não melhora em cada dia que passa.
Em ruídos pequenos
ou chávenas usadas.
Uma borboleta esvoaça nesta noite negra e branca
as asas tremem-lhe, na busca de nenhuma luz.

A fadiga esconde-se, só ela sabe e estamos nus.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ñ há dias melhores sem os piores

A luz só realça na escuridão

a fadiga vem após vitalidade

borboleta da noite

anunciadora de mortes,
prenúncio de novas alvoradas

2:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Maus dias, maus momentos. A luz chega sempre, depois da escuridão. O amanhã é sempre um novo dia.

11:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Temos tido tudo. Nada nos falta. Nem os livros, os filmes, as palavras. O
consumo que enche os dias e o carinho. Não nos falta, sequer, quem nos ame.
É alto o preço destes dias. Todas as noites sonho que me liberto da fortuna
de ser amada. Desta mão no meu cabelo, desta vida de partilhas. O ar, o
espaço na cama, a rotina de acordar e adormecer. O amor lembrado a cada
passar de horas. E ninguém nos ouve. O grito abafado, a revolta, a vontade
de existir de outro modo. Porque temos tido tudo.

8:40 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

Esta borboleta «busca nenhuma luz». Ainda assim é mais feliz do que o habitante do mundo de hoje, o qual... insiste em apagar ele a luz. Sem voo.

9:11 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home