olhar-te nos olhos num café italiano
não te deixes morrer antes de me ver
uma outra vez, aqui, neste café italiano
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz alta,
que a maneira como olho por teus olhos dentro
me faz sentir a afogar-me num mar espesso.
não te deixes morrer antes que o sol
nos possa vir fazer brilhar as peles claras
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz alta,
que o tempo que eu imagino calmo e nosso
chega como a maresia à nossa terra.
não te deixes morrer antes que as lágrimas
façam brotar flores sorridentes deste mármore
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz bem alta,
que a curva dos meus dedos sobre a tua cintura
é o círculo perfeito de um amor que ainda subsiste.
in os fracos escrevem poemas de amor, Veneza, 1957.
uma outra vez, aqui, neste café italiano
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz alta,
que a maneira como olho por teus olhos dentro
me faz sentir a afogar-me num mar espesso.
não te deixes morrer antes que o sol
nos possa vir fazer brilhar as peles claras
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz alta,
que o tempo que eu imagino calmo e nosso
chega como a maresia à nossa terra.
não te deixes morrer antes que as lágrimas
façam brotar flores sorridentes deste mármore
e que eu te possa nesse dia dizer, em voz bem alta,
que a curva dos meus dedos sobre a tua cintura
é o círculo perfeito de um amor que ainda subsiste.
in os fracos escrevem poemas de amor, Veneza, 1957.
Ainda bem que a "fraqueza" anda quase sempre associada, como aqui, ao talento.
Mas há poemas que não sejam de amor?
divino de tão terreno
Olá Blota!
ainda bem que voltaste ;)