8.6.06

Falso soneto nº2

Regresso sempre a casa antes de ti,
preparo então o corpo à tua espera.
Começo por lembrar o que senti
quando apenas pensava «Quem me dera».

Espero os teus passos, o final,
o tinir das chaves que seguras.
Esse momento exacto, esse sinal
para depois abrir-te a porta, às escuras.

Não permito sequer que te prepares,
dispo-te aí mesmo na entrada.
Beijo-te aguardando que repares

No desejo, na vontade acumulada.
Então, levas-me a todos os lugares
e neles estamos nós e tudo é nada.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que belo poema de amor! Quem me dera receber um assim! Gostei muito, parabéns!

3:19 da tarde  
Blogger Unknown said...

Your verses are like a black hole. No escape.

3:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei muito.

10:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

está forte e sensual

gosto.
Principalmente da forma como rematas

o cunho ternurento e espiritual ao vulcão da testosterona

7:26 da manhã  
Blogger Ricardo António Alves said...

Tenho de ver se também começo a fazer falsos sonetos, para depois consegui-los verdadeiros... ;)

11:16 da manhã  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Tão intenso!!! Por um momento desejo ser o "tu" do falso soneto (nº 2)... ;)

2:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei. Simples e eficaz!

7:20 da tarde  

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