a terceira pessoa
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
e pelo escuro do retrato quase não se percebe, ao fundo,
a imagem deslizante da terceira pessoa, a que segura o copo,
que pode ser de água da vida sempre pronta a renascer
que pode ser de cicuta, breve gesto para a morte.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
e nos enrolados cabelos do retrato quase não se percebe
se na cama se ama ou se guerreia sem solução
o que pode ser o encontro anunciado pela manhã
o que pode ser o refúgio escondido pela noite.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
aqueles que irão respirar um do outro o breve gozo
amansando em sua volta o suor eléctrico dos seus corpos
que ainda podem ser de reencontro
que ainda podem ser de mor sucesso.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
e a mão do pintor, onde estará senão no copo
imperceptivelmente seguro pelo incógnito olhar ao fundo
e assim aos amantes foge o entendimento do ódio
e assim aos amantes só resta perecer.
e pelo escuro do retrato quase não se percebe, ao fundo,
a imagem deslizante da terceira pessoa, a que segura o copo,
que pode ser de água da vida sempre pronta a renascer
que pode ser de cicuta, breve gesto para a morte.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
e nos enrolados cabelos do retrato quase não se percebe
se na cama se ama ou se guerreia sem solução
o que pode ser o encontro anunciado pela manhã
o que pode ser o refúgio escondido pela noite.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
aqueles que irão respirar um do outro o breve gozo
amansando em sua volta o suor eléctrico dos seus corpos
que ainda podem ser de reencontro
que ainda podem ser de mor sucesso.
naquela pintura estão os amantes deleitados sobre a cama
e a mão do pintor, onde estará senão no copo
imperceptivelmente seguro pelo incógnito olhar ao fundo
e assim aos amantes foge o entendimento do ódio
e assim aos amantes só resta perecer.
Caramba! Excelente poema, raios te partam :) Qual é o quadro?
Abraço
Lindíssimo poema!