26.4.07

Muitas vezes o amante se pergunta
quando virá essa outra noite,
pois a espera é o seu único caminho
e nela se deita e aguarda.
As palavras arderam-lhe por dentro,
o crepitar do fogo deixou acesas brasas
nos espaços antes sombrios do coração.

Pequenas luzes que pulsam,
vermelhas como os olhos de um tigre.

Outras vezes o amante teme
que o desejo evapore como a água
e opaco se torne o corpo, uma taça vazia.
Mas depois volta a deitar-se e aguarda,
essa noite que virá sossegá-lo, diferente.
Com o rosto da amada à sua frente.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Gostei muito, dear John. Este é aquele? I hope so.

9:18 da tarde  

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