3.5.06

Continuo à espera.
Há, debaixo da terra,
aí onde morte e vida se alimentam, um movimento.
Imperceptível, inexorável, surdo.
Há, também, um livro que se escreve por si mesmo.
Uma só palavra que cresce e continua a crescer,
em direcção ao Sol.
Não é claro o que digo porque não sei.
De onde vem o crepitar das mãos,
ou os minúsculos sons que ecoam
nos espaços vazios do coração.

2 Comments:

Blogger dama said...

Gosto. Parece qualquer coisa com Godard.

11:29 da manhã  
Blogger Ricardo António Alves said...

Gostei do «livro que se escreve por si mesmo», dessa inevitabilidade, desse fado.

7:34 da tarde  

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