22.4.06

dos cadernos dos Jisei (4)

1.
a morte não usa guarda-chuva.

2.
os campos inundados
arroz cozido.

3.
suar até onde sobem as encostas.

4.
ter quem nos encontre e diga
lua.

5.
adoeci nesta jornada -
já vejo partir as folhas secas da madrugada.

6.
ter os olhos fechados
o mar inteiro.

7.
a roupa muito pegada
ao corpo que entristece.

8.
ainda que falte uma só palavra
eu sigo

9.
a buscá-la.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muy bien, ke mas puedo decir...?
porra, porke é ke tou a falar espanhol?

5:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

às vezes tenho a sensação que ninguém consegue escrever isto sozinho.
quem está aí contigo???
quem te está a ditar isto ao ouvido, humm?

6:01 da tarde  
Blogger Luis F. Cristóvão said...

ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu...

6:25 da tarde  
Blogger Clotilde S. said...

O poeta tem uns pequenos géniozinhos escondidos na estante, que lhe vão lançando palavras uma a uma.Quando os géniozinhos se cansam e adormecem, o poeta sai para a rua. Vai em busca duma palavra que lhe falta.Porque a vida do poeta é eternalizar a procura da palavra perfeita .

11:21 da manhã  

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