dos cadernos dos Jisei (4)
1.
a morte não usa guarda-chuva.
2.
os campos inundados
arroz cozido.
3.
suar até onde sobem as encostas.
4.
ter quem nos encontre e diga
lua.
5.
adoeci nesta jornada -
já vejo partir as folhas secas da madrugada.
6.
ter os olhos fechados
o mar inteiro.
7.
a roupa muito pegada
ao corpo que entristece.
8.
ainda que falte uma só palavra
eu sigo
9.
a buscá-la.
a morte não usa guarda-chuva.
2.
os campos inundados
arroz cozido.
3.
suar até onde sobem as encostas.
4.
ter quem nos encontre e diga
lua.
5.
adoeci nesta jornada -
já vejo partir as folhas secas da madrugada.
6.
ter os olhos fechados
o mar inteiro.
7.
a roupa muito pegada
ao corpo que entristece.
8.
ainda que falte uma só palavra
eu sigo
9.
a buscá-la.
muy bien, ke mas puedo decir...?
porra, porke é ke tou a falar espanhol?
às vezes tenho a sensação que ninguém consegue escrever isto sozinho.
quem está aí contigo???
quem te está a ditar isto ao ouvido, humm?
ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu e ao meu ouvido estou eu...
O poeta tem uns pequenos géniozinhos escondidos na estante, que lhe vão lançando palavras uma a uma.Quando os géniozinhos se cansam e adormecem, o poeta sai para a rua. Vai em busca duma palavra que lhe falta.Porque a vida do poeta é eternalizar a procura da palavra perfeita .