convite
toda esta maresia e ainda assim
um tempo inteiro onde ficámos a fazer de estátuas
como os antigos faziam de abóboras no meu pensamento-
era eu uma criança pequena pequenina
e chorava para não comer a sopa nunca.
toda este mar e azia e ainda eu
poder contar com os dedos as vezes que me olhaste
durante a noite em que saímos juntos, na mesa ao lado
uns quantos rapazes mais bonitos e mais interessantes
do que eu. a sopa toda dentro do prato.
toda esta maresia, três da manhã?
e cada um para o seu carro, para a sua casa, faz-se tarde
e amanhã, não sendo dia de trabalho, eu atrapalho.
e não eras tu, não, era eu e a minha insistência
outra vez a fazer asneira no tabuleiro errado.
um tempo inteiro onde ficámos a fazer de estátuas
como os antigos faziam de abóboras no meu pensamento-
era eu uma criança pequena pequenina
e chorava para não comer a sopa nunca.
toda este mar e azia e ainda eu
poder contar com os dedos as vezes que me olhaste
durante a noite em que saímos juntos, na mesa ao lado
uns quantos rapazes mais bonitos e mais interessantes
do que eu. a sopa toda dentro do prato.
toda esta maresia, três da manhã?
e cada um para o seu carro, para a sua casa, faz-se tarde
e amanhã, não sendo dia de trabalho, eu atrapalho.
e não eras tu, não, era eu e a minha insistência
outra vez a fazer asneira no tabuleiro errado.
Nem sempre é possivel comer a sobremesa...
Gostei da sopa dentro do prato.
Gosto muito dos seus textos.
merci, les enfants!
;)