30.3.06

Talvez seja assim:
Olhamos para dentro e lá estão as feridas,
para fora e visíveis as cicatrizes. Mas indelével

é a marca no coração, gravado à faca
no banco da memória, raspada a tinta
de muitos nomes.

Tu mais ele ou ela, e outros eles e outra elas.
Foi aqui, pensas por vezes. Ainda é aqui,
sentes de quando em quando.

Talvez seja assim:
Olhamos para dentro e aí está a luz,
para fora e invisível o guia solar do caminho.

Nós somos tantos e tantas que se acumulam.
No beijo que dás ao acordar,
na forma como pousas a tua mão, no seu calor.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sejam quais forem os caminhos, quem fizer parte deles deverá ser sempre único. Só assim se pode recomeçar. Talvez seja assim? Acho que sim.

11:36 da manhã  
Blogger Clotilde S. said...

Ninguém é único, estrela. O João tem razão.Somos tantos e tantas num(a) só.Camaleões.E para recomeçar qualquer que sejo o caminho, há que adquirir nova "farpela" e botas à estrada!Importante, é tentar não repetir os mesmos erros.:))

7:26 da manhã  

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