8.3.06

Pequenas lagartas deixam um rasto de seda nos teus dedos.
Cegas caminham, ignorando as linhas da tua mão, esse destino,
essa falésia, escalada como uma pauta de música onde o silêncio
pausa feito pássaro pequeno.

Vitral onde as cores ultrapassam os nomes que lhes damos,
fé em que as palavras cheguem, a fé cega de olhar uma vela
e isso bastasse para acendê-la.

Nascida de pai e mãe que mais podes ser senão mulher?
Dentro, dentro de ti, que mais fazer para além de repetir-te?

Hoje sabes que ao despir-te não deixas de ser quem és.
E chamas-lhe viver.
Queimas os lábios na chuva do novo Inverno.
E isso basta.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Perfeito.
Grata Senhor.

innie

10:52 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigada.

1:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Muito lindo...

7:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Muito bom :)
Stela

10:00 da tarde  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Continuas no "muito bom", João!
Beijos.

10:07 da manhã  
Blogger hala_kazam said...

como dizer algo quando as palavras fogem?

gostei imenso

12:03 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home