Boa noite
Surpresa e alegria. Como ao entrar numa mercearia de bairro encontras um odor que acreditavas esquecido na infância ou, ao reabrir um livro, um pedaço de papel regressado de outra vida que agora te espanta teres vivido, assim redescobres a luz nos olhos de quem amas.
Ela, a luz, dança em pleno ar. Eleva-se, curva-se e preenche o espaço livre entre as tuas mãos côncavas. Nos olhos de quem amas o vazio não tem lugar, neles só há espaço para ti e apenas tu respiras. Nos olhos de quem amas nunca adormeces.
Porque dormir é ir embora...ainda que só por um momento.
Ela, a luz, dança em pleno ar. Eleva-se, curva-se e preenche o espaço livre entre as tuas mãos côncavas. Nos olhos de quem amas o vazio não tem lugar, neles só há espaço para ti e apenas tu respiras. Nos olhos de quem amas nunca adormeces.
Porque dormir é ir embora...ainda que só por um momento.
Pronto! Iá foi deitada por terra a lógica: Afinal há lugar para Dois: o amador/amado do texto e a luz, ao contrário do que se afirma, a propósito da exclusividade do espaço ocular. Ainda encarei uma hipótese conciliatória e conciliadora - a de o amador/amado ser "a luz". O trecho não mo permite, porque estabelece que o raio das partículas luminosas andam a saltitar pelo vale formado pela concavidade das mãos.
Enfim, moral da história: em Amor, a lógica é uma batata.
FELIZMENTE!
"Nos olhos de quem amas nunca adormeces". Adorei.
É assim o "estado de graça". Dure o tempo que durar, só o facto de alguma vez o ter sentido, já valeu a pena!
Boa noite.
Tudo isto se pode musicar. Insisto.
Bonito... Embora eu goste muito de adormecer com quem amo...