Diálogo no passeio
- Tu aí, ó rapaz! Dá-me aqui uma mãozinha!
- Isso parece muito pesado...
- E é, caralho! Se fosse leve não precisava de ti para nada!
- Sabe, é que tenho onde estar daqui a cinco minutos.
- Pois tens. E é nas urgências do hospital se não me ajudas aqui. Pega aí desse lado.
- Ufff! Au!...Isto é um caixão?
- Não se vê logo que sim? Tu não eras o melhor da turma na escola, pois não? Deixa-te de merdas e agarra nessa pega.
- Ufff! Ai!
(...)
- Pronto, já está. Agora anda daí que eu ofereço-te uma mini.
- Ouça, mas o caixão era mesmo pesado. Não tinha um corpo lá dentro, pois não?
- Nunca te ensinaram a não fazer perguntas, quando já sabes que a resposta não te agrada? Imagina que eras tu que estavas ali esticadinho. Não ias querer ficar no meio do passeio, ou ias?
- Pois. Acho que não.
- Ora aí está! Vamos mas é beber umas bejecas e eu ensino-te umas coisas sobre a vida, que para mortos já me chegou o dia.
Está de morte!!!! E sem trocadilhos!! ÀS vezes é melhor estar calado do que fazer perguntas desnecessárias. Ora aqui está um óptimo conselho!!!
"Caralho", neste blogue, parece um pouco deslocado. E não é para a esquerda.
«dá-me aqui uma mãozinha»
«E é, c...»
«agarra nessa PEGA»
«Ufff! Ai!»
«pronto, já está»
«Não tinha um corpo lá dentro, pois não?»
A necrofilia possível passados os áureos tempos da cena célebre em «BELLE DE JOUR».
Ai, vocês! Não percebem que o vernáculo era essencial para tornar credível a personagem !? :)
Ok, como dizer "Afinal, gosto do caralho", sem ficar irremediavelmente comprometido?
(e antes que aches que estou a abusar, este personagem também precisa de se manter credível..)