Detalhe ignorado na vida de Ludwig W.
Num dos últimos dias da sua vida, Wittgenstein deixou cair a carteira que se perdeu entre os canteiros de begónias. No entanto, não deu importância ao assunto. Preocupou-o muito mais o que viu quando soergueu a cabeça e reparou na wisteria chinensise descontrolada, que lhe impedia a luz de atravessar a janela da sala. «As glícinias», pensou, «podem ser de uma beleza asfixiante quando crescem».
Ilust: Glicínias, Monet.
Sim, mas também se sentirá asfixiado quando der por falta da carteira. É que faz mesmo falta!!!
Flores, flores, flores! Que a nossa vida se encha de flores. São os meus votos para 2006.
Também há posts que crescem com uma beleza asfixiante, João.
Que assim seja em 2006, como neste feliz final de 2005.
Um abraço
Caro José Mário,
Muito, muito obrigado pelo generoso comentário. Um luminoso 2006 também para ti e os teus. Abraço
Até as flores morrem na minha casa. As unicas coisas que lá conseguem vingar sou eu e os fungos. E a ocasional e oportunista mosca.
Dito isto, Bom Ano.
Meu querido Luís, um grande abraço e Bom Ano para ti também! Quanto às flores, experimenta dizer-lhes palavras ternas com uma musiquinha de Beethoven como fundo. Dizem que lhes dá anos de vida!
Sim... a minha irmã também disse que precisam de água. Ela é engenheira florestal, deve saber do que fala.
Quanto ao Beethoven dar anos de vida a plantas, será que funciona com as plantas anuais? E se sim, será ético prolongar-lhes a vida para além do que a natureza lhes preconizava?
Hmmm...tema polémico esse da ética...é melhor manter este blog longe dessa discussão. Senão ainda vamos parar à acesa disputa sobre a clonagem dos cactos anões mexicanos...
Irra, isto é que se chama um "momento zen".