10.5.06

Adeus encontrado na gaveta

Adeus. Sê feliz.
Devemos amar na vida
a quem se quis.

Adeus. Procura luz.
A que existe para além
do que seduz.

Adeus. Procura paz.
Em ti está a força
de seres capaz.

Adeus. Em despedida,
que reencontres célere
a alegria perdida.

Adeus. Um abraço.
Não tenha nos teus olhos
a sombra espaço.

Adeus. Último desejo.
Que a minha alma esteja mesmo
onde não vejo.

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sinples, profundo, claro, lindo. Gostei imenso.

9:37 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Lindíssimo.

10:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

não gostei nada, sem ponta por onde se lhe pegue mas não sei explicar porquê.
uma espécie de margarida rebelo, oh georginho acode-me aqui.

10:21 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

O George não te ajuda, ah, ah. Ele não vem aqui para não ficar com os cabelos em pé :)

9:09 da manhã  
Blogger Vasco Pontes said...

A primeira parte está genial. Acaba, parece-me, menos bem para manter a métrica e a rima. Poema inacabado ?

9:51 da manhã  
Blogger L. Rodrigues said...

É caso para perguntar:
E depois do Adeus?

9:55 da manhã  
Blogger João Villalobos said...

Caro Vasco,
Inacabado não diria, mas admito que pouco trabalhado :)

Caro Luis,
Depois do adeus já houve muita coisa. Este estava mesmo perdido numa gaveta e vem já de outra vida. Respondendo de forma mais específica: Recomeçar. :)

10:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Sempre simpático, este miguelito. Sera que algum dia vamos ter o prazer de ler as suas obras primas?

4:41 da tarde  
Blogger MySelf said...

mesmo pouco trabalhado, gostei.

4:42 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

O miguelito - ou qualquer outra visita- tem direito a não gostar e dizer que não gosta. Mas não posso deixar de dizer que me parece que ele lida mal com os sentimentos (ou a expressão deles?).

4:57 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

Myself fez crítica pertinente. O ME tentará ser pertinaz:
Na busca da essencialidade que perdure para lá da despedida, há uma digladiação problemática a que se pode chamar «a guerra das imagens». É que incitar à busca da luz e desejar a ausência da sombra é esquecer que uma é condição da outra e que também a simenência ganha profundidade, se reportada à luminosidade entranhada para além do imediato. Mas gosto muito dessa segunda estrofe, apesar de, na condição de Escorpião que com o Poeta compartilho, não conseguir deixar de valorizar a parte lúdica do que cativa.
Ah, faltou dizer que esse retrato tresanda a sublinhado.
Abraço.

7:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

obrigado pelo à vontade JV, não acreditam mas tento ser o mais moderado possível nas críticas.
é verdade que a expressão exacerbada de sentimentos me provoca uma sensação desconfortável e a abordagem directa dos mesmos parece-me fugir ao âmbito da poesia para ser objecto de estudo de uma qualquer ciência.
mas quando alguém inteligente me mandar calar, eu calo-me.
:)

2:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Dificilmente se atingirá os padrões de inteligência do Sr. Miguelito. Mas um pouco de simpatia não lhe ficava nada mal. Rejuvenesce.

9:52 da manhã  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Na gaveta encontra-se cada coisa, João!
Bjo.

2:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

amadurece.

11:48 da tarde  

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