2 Poemas 2
Tenho um amigo, quando chove
leva-me a respirar o mar.
Tinha outro amigo esse morreu,
a chuva gosta de lamber-lhe os pés.
Quando o Tempo troca as casas de lugar,
os amigos lembram-te quem és.
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Cada morte é igual, cada morte é única
na sua monotonia.
Ontem vi-te, hoje não.
Hei-de habituar-me ao café sem açúcar
e a beber licor.
Imitar-te a vida arrepiada de amor.
Gostei imenso. Mais uma vez, outro estilo. Gostei principalmente do primeiro. Acheio-o muito aconchegante.
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Obrigado Estrela
Só apaguei o comentário de cima porque estava repetido. Aqui não há censura :)
Um estilo diferente, sim, mas com muito estilo. Gostei!
"Quando o Tempo troca as casas de lugar,
os amigos lembram-te quem és."
Gostei muito destes versos. A ideia de morar nos amigos nessas alturas. Habitar os amigos. Os amigos deixarem-se habitar.
É isso e é muito bom, e também é bom a gente lembrar-se disso.
A antítese da unicidade da morte, face à monotonia que acarreta é, num certo sentido, o melhor ingrediente para valorizar os pequenos sabores da Vida, em que apenas víamos repetição e uniformidade.
Abraço.
E o tempo sempre se encarrega de mudar as casas de lugar, não é mesmo?
Lindo teu poema.
This sea longs for you, as I wave in the distance.
Tidy up ashore windy soul, for we've met before. No arms, no rags, just a bare vessel with no oar.
Nor here.
Hmmmmm. Os poemas da migalha são sempre melhores do que os meus :)