2.2.06

2 Poemas 2

Tenho um amigo, quando chove
leva-me a respirar o mar.
Tinha outro amigo esse morreu,
a chuva gosta de lamber-lhe os pés.

Quando o Tempo troca as casas de lugar,
os amigos lembram-te quem és.

.......................................................................

Cada morte é igual, cada morte é única
na sua monotonia.

Ontem vi-te, hoje não.

Hei-de habituar-me ao café sem açúcar
e a beber licor.
Imitar-te a vida arrepiada de amor.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei imenso. Mais uma vez, outro estilo. Gostei principalmente do primeiro. Acheio-o muito aconchegante.

11:41 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:41 da manhã  
Blogger João Villalobos said...

Obrigado Estrela
Só apaguei o comentário de cima porque estava repetido. Aqui não há censura :)

11:46 da manhã  
Blogger Xixao said...

Um estilo diferente, sim, mas com muito estilo. Gostei!

3:01 da tarde  
Blogger camponesa pragmática said...

"Quando o Tempo troca as casas de lugar,
os amigos lembram-te quem és."

Gostei muito destes versos. A ideia de morar nos amigos nessas alturas. Habitar os amigos. Os amigos deixarem-se habitar.

É isso e é muito bom, e também é bom a gente lembrar-se disso.

3:51 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

A antítese da unicidade da morte, face à monotonia que acarreta é, num certo sentido, o melhor ingrediente para valorizar os pequenos sabores da Vida, em que apenas víamos repetição e uniformidade.
Abraço.

5:51 da tarde  
Blogger Lu said...

E o tempo sempre se encarrega de mudar as casas de lugar, não é mesmo?
Lindo teu poema.

5:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

This sea longs for you, as I wave in the distance.
Tidy up ashore windy soul, for we've met before. No arms, no rags, just a bare vessel with no oar.
Nor here.

6:19 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

Hmmmmm. Os poemas da migalha são sempre melhores do que os meus :)

6:27 da tarde  

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