30.1.06

Comemorando finalmente o aniversário de W.A.M.

Nesse dia, o senhor Jorge saiu de detrás do balcão, abriu a lata de Cergal em andamento e vociferou-me:


- Cá para mim, esse Amadeu precisava era de uma mulher como deve de ser. Assim com’á minha!


- Qual Amadeu, senhor Jorge?


Fiz-lhe a pergunta sem levantar os olhos do Su Doku quádruplo que me levara, enraivecido, a pontapear a Shakira debaixo da mesa, aos saltos com o seu lacinho rosa barbie no pescocinho de poodle.


- O Amadeu Mozart! Ora quem!?


E com isto, deu por terminado o assunto e virou-me as costas, em sincronia com um arroto olímpico em posição de mariposa. Desisti de entender. Não filosofo em leitarias. Nisso, sou muito diferente do Fernando Pessoa, benza-me Deus.

5 Comments:

Blogger L. Rodrigues said...

Por momentos pensei que este poste(!?) se referia à Wasteland Miners Corporation, aka WAM... ando a jogar demasiado no computador....

10:41 da manhã  
Blogger João Villalobos said...

Luis,
Acho que a palavra «demasiado» já não é suficiente ;)

10:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Fartei-me de rir!! É interessante como a tua escrita é tão versátil. E sempre com tanto talento! Adorei este delírio existencialista. Acho mesmo graça ao estilo "non-sense". Muito visual.

12:54 da tarde  
Blogger L. Rodrigues said...

Fiquei a pensar nisto.... A Cergal ainda existe? Se não, grande anacronismo, mas suponho que se chama a isso liberdade poética...

6:32 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

Luis,
Sim. A Cergal ainda existe. Em lata pelo menos. A liberdade poética tem limites :)

7:15 da tarde  

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