Comemorando finalmente o aniversário de W.A.M.
Nesse dia, o senhor Jorge saiu de detrás do balcão, abriu a lata de Cergal em andamento e vociferou-me:
- Cá para mim, esse Amadeu precisava era de uma mulher como deve de ser. Assim com’á minha!
- Qual Amadeu, senhor Jorge?
Fiz-lhe a pergunta sem levantar os olhos do Su Doku quádruplo que me levara, enraivecido, a pontapear a Shakira debaixo da mesa, aos saltos com o seu lacinho rosa barbie no pescocinho de poodle.
- O Amadeu Mozart! Ora quem!?
E com isto, deu por terminado o assunto e virou-me as costas, em sincronia com um arroto olímpico em posição de mariposa. Desisti de entender. Não filosofo em leitarias. Nisso, sou muito diferente do Fernando Pessoa, benza-me Deus.
Por momentos pensei que este poste(!?) se referia à Wasteland Miners Corporation, aka WAM... ando a jogar demasiado no computador....
Luis,
Acho que a palavra «demasiado» já não é suficiente ;)
Fartei-me de rir!! É interessante como a tua escrita é tão versátil. E sempre com tanto talento! Adorei este delírio existencialista. Acho mesmo graça ao estilo "non-sense". Muito visual.
Fiquei a pensar nisto.... A Cergal ainda existe? Se não, grande anacronismo, mas suponho que se chama a isso liberdade poética...
Luis,
Sim. A Cergal ainda existe. Em lata pelo menos. A liberdade poética tem limites :)