20.1.06

Faróis de sal desviam para longe


o perigoso aroma das amêndoas.



Eis-te perto desse amor que chove.


Com os pés na areia fria,


na pele as mãos tão quentes


e a boca no formigueiro de outros dentes.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Embora ache que está bonito, atrevo-me a dizer que ñ percebo.

Sinceramente, espero que seja problema meu..

xi

2:39 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

Pois, eu também não o percebo...Só sei que fala sobre um beijo na praia :)

6:06 da tarde  
Blogger Graça said...

Os textos que os outros não entendem são tão bons como os de significado aparentemente imediato. Aliás, até é provável que sejam melhores, em se tratando de literatura. Um poema não tem de ser claro como uma receita de culinária ou uma notícia. Quanto a mim, nem deve. Nem tem de assentar no vivido ou no sentido, embora seja mais difícil chegar a essa abstracção (ou "fingimento", no sentido pessoano do termo),mas é ela que distingue a arte do mero desabafo bem escrito . Tudo para dizer que achei o poema interessante.

7:19 da tarde  
Blogger L. Rodrigues said...

A areia que se mete nos dentes... é chatice. Linkado, já agora :D.

7:40 da tarde  
Blogger Xixao said...

Também te linkei!

9:06 da tarde  
Blogger João Villalobos said...

Pois é, Graça. Concordo inteiramente mas, por outro lado, entendo que estes pequenos poemas devem criar ou uma imagem ou um sentimento. Se não acontecer uma coisa ou outra, então falhou. Provavelmente é o caso deste...:(

12:41 da manhã  
Blogger Graça said...

Não há teorias incontestáveis sobre o que define um bom poema, ou o que confere literariedade a um qualquer texto, felizmente. O que se sabe é que a opinião d' "os que lêem o que escreve" é muito importante , mas não necessariamente determinante.
E se eu, (não) só para contrariar, disser que qualquer junção de palavras (minto, qualquer palavra) provoca uma imagem ou um sentimento? A rapidez com que quem lê apreende esse sentimento ou imagem é outra história, perfeitamente alheia, quanto a mim, à qualidade do texto.
Por exemplo, os poemas de Ricardo Reis: quem se atreve a dizer que não são bons? E quem se atreve a dizer que os entende perfeitamente? Aliás,é sempre um atrevimento dizer que se entendeu um texto,porque nunca se chega ao seu sentido "original", nem sequer (talvez) quem o escreveu...

11:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Apesar de possuir parcos conhecimentos, atrevo-me a concordar coma Graça!
Isto é, apesar de não ter percebido muito bem o poema, acho muito valoroso, com imagens bonitas, ou habilmente pintadas. Acima de tudo, tem valor porque tiveste a coragem de o escrever, de usar alguns artíficios para expor imagens... a meu ver, isso é muito melhor do que quem nada fez ou do que aqueles poemas que ainda não passaram de ideias!

Felizmente vivemos numa época em que se aceita o conceito de que o bom e o mau são subjectivos.

2:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

P.S. - Por erro ou lapso não consegui assinar o meu comentário como queria. Assim sendo, no comentário anterior, onde se lê: 'r said' dever-se-ia ler 'rantanplan said'.

2:12 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home