18.7.06

Tinha dificuldade em escrever versos sobre o preço do petróleo.
Diziam-lhe que não era para isso que servia a poesia e, no entanto, ele insistia. Rascunhava, esborratava, nódoas de tinta permanente na camisola
(ainda escrevia com caneta de aparo e mata-borrão. Obsoleto portanto).
Que a poesia tem a ver com a vida e a vida com o petróleo, argumentava ele.
Os amigos, condoídos, diziam-lhe que não e falavam-lhe de passeios à beira-mar e outros temas que o ajudassem a engatar raparigas, que era o que ele precisava (afirmavam eles).
Mas o poeta perseverava e um dia, ao acordar, escreveu sem um pingo no papel almaço de linhas azuis uma página perfeita onde nem a rima faltava.
O poema, depois de divulgado, mereceu-lhe um Prémio Nobel pela paz que levou ao Médio Oriente. E as raparigas foram mais que muitas, para inveja dos amigos.

5 Comments:

Blogger Maria Carvalhosa said...

O joão, com a sua poesia humorística ao mais alto nível!... ;)

Já tenho saudades de quando nos comentávamos mutuamente quase todos os dias.

Beijo.

11:43 da manhã  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Perdão, amigo. Prosa! ;) :)

11:45 da manhã  
Blogger João Villalobos said...

Pois é, Maria.
Também tenho saudades mas ainda dura um interregno que em breve terminará, com mais tempo para a partilha.
Bjs

3:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Keep up the good work. thnx!
»

8:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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1:23 da tarde  

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